Filmes que trazem uma bela garotinha inquisitiva e desobediente terão sempre o seu charme. Como é o caso de "Sabine Kleist". Este é o primeiro filme da trilogia de filmes-viagem de Wim Wenders. Ele começa a abordar temas como a cultura americana, que tem um reflexo viral e alienante sobre o resto do mundo, especialmente a Europa daquela época.
A crítica à televisão, como ela é uma propaganda interminável e seus programas são propagandas adicionais disfarçadas. O personagem de Philip deve cuidar da pequena Alice até que sua mãe retorne. Existe muita beleza no fato de ele não a entregar de imediato a autoridades quando a mãe não aparece para buscá-la.
Como se o protagonista estivesse se opondo a toda aquela cultura que estava vivenciando, que registrava com sua Polaroid. Preste atenção que ele é simplesmente incapaz de escrever sua matéria a princípio. Como não houvesse ali história, como não houvesse naquele lugar plástico e inóspito algo que merecesse ser contado. Ele podia apenas olhar, e de uma forma julgadora. Eu, pessoalmente, prefiro este filme ao "Paris, Texas". Tem mais dos elementos que me comovem em cinema.
Nota: 10