sábado, 5 de fevereiro de 2011

235 - Cisne Negro (Black Swan, 2010)


Muito já se falou sobre esse filme. Quero apenas comentar que é possível assisti-lo de uma forma bem mais abrangente, para além do universo do ballet, das metáforas, do bem e do mal e, claro, do sexo lesbiano.

Para mim, o filme fala antes de tudo sobre a impossibilidade de sermos outra pessoa não obstante o quanto tentamos sê-lo. É de uma beleza fascinante o que acontece com Natalie Portman enquanto ela tenta transmutar-se em qualquer coisa que foge de tudo o que foi pensando para ela, por sua mãe, por seus códigos de conduta e etc.

Podemos afunilar essa ideia e tentar ver como ela se dá em nossas próprias vidas, provavelmente em proporções menores. Quão perto chegamos de esgotamento físico e emocional (ou até mesmo da loucura) quando simplesmente não podemos aceitar o que somos?

Nota: 10

234 - Cyrus (2010)


Jonah Hill está muito bem aqui. Tenho acompanhado sua breve carreira e este filme, ao lado de Funny People, é um de seus melhores momentos. Você verá também o competente John C. Reilly e a bela Marisa Tomei, numa estória peculiar sobre como um filho pode receber o novo namorado da mamãe.

Nota: 8,5

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

233 - Rebelde com Causa (Youth in Revolt, 2009)


Michael Cera como o eterno lovable loser. Eu não gosto mais, sabe. Não me anima mais assistir um filme dele com a vozinha de camundongo e gesticulação hesitante. Mas esse filme aqui é muito legal. Nick Twisp se divide em dois a fim de consquistar o coração de Sheeni Saunders, uma espécie de teenie musa indie.

Nota: 8,0

232 - Os Vampiros Que Se Mordam (Vampires Suck, 2010)


Você pode até dar umas boas risadas com essa comédia, que faz uma caracterização hilária dos personagens da saga Crepúsculo. Mas a sensação final é de um igual a tantos outros de sátira, e por vezes bem pior.

Nota: 5,0

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

231 - O Último Exorcismo (The Last Exorcism, 2010)


É, eu também imaginava que seria uma linda garotinha que se transformaria num monstro subindo pelas paredes e vomitando as tripas. E não é isso. E não é muito legal. E não é muito ruim também. E sinceramente... ? É tudo que tenho a dizer.

Nota: 6,5

230 - Torneio de Amor (La Bride sur le Cou, 1961)


Repare no cabelo da nossa musa. E aí? É estilo 50, é estilo 60? Brigittemaníacos acham que é a mistura dos dois. Mas esse Roger Vadim não tem jeito mesmo! Vou ousar aqui e dizer que a única coisa importante que ele fez foi revelar Brigitte Bardot, e ponto final. Essa comédia começa muito legalzinha, depois cansa infinitamente mesmo tendo pouco mais de oitenta minutos. Vale pela cena de dança com a tolha que BB faz pelo final.

Nota: 6,0

229 - O Assassino Terrívemente Lento Com A Arma Extremamente Ineficiente (The Horribly Slow Murderer with the Extremely Inefficient Weapon, 2008)


Esse filme tira onda com a linguagem de trailer de cinema, que tem aquela voz super dramática, e traz uma história absurda sobre um assassino que elimina sua vítima com golpes de colher. É pra você rolar de rir no chão do começo ao fim do filme. Realizado pelo Richard Gale, que é também a voz que narra o "trailer". Bom uso dos clichês e ótimo texto, divertido até dizer chega!

Nota: 10

228 - Os Famosos e os Duendes da Morte (2009)


Vou dizendo logo que não gostei do filme, mas acho que tem lá seus méritos. Tem mérito em conseguir retratar a adolescência como uma mistura de solidão e medo. O mistério que permeia o filme também é legal. Acho que não gostei de como as imagens falam pouca coisa ou somente aquilo mesmo que se vê. A sensação que podemos ter ou o que o filme parece propor acaba não sendo tão forte. Mas é um trabalho bem bonito.

Nota: 6,5

227 - This Side Up (2009)


Animação de Liron Topaz. Divertidos momentos em que um homem tem problemas para fazer download de uma música. O diretor é graduado na Ringling College or Art and Design e trabalha na equipe da Dreamworks.

Nota: 7,5

226 - Crumb (1994)


O documentário do diretor Terry Zwiggof (que mais tarde faria o filme "Ghost World", baseado na HQ de mesmo nome) enfoca nas relações que Robert Crumb mantém com sua família e amigos. Muito legal ver o próprio comentando sobre sua carreira e biografia de maneira despojada e falando mal dos hábitos americanos.

Nota: 9,0

225 - Wall Street: O Dinheiro Nunca Dorme (Wall Street: Money Never Sleeps, 2010)


Agora Shia LaBeouf faz o papel do jovem cujos olhos brilham à expectativa de ganhar um bom dinheiro. Mas ele parece bem menos ambicioso do que Charlie Sheen e mais apegado a valores como lealdade. O filme não funciona tão bem quanto o primeiro no sentido de passar uma mensagem ou simplesmente nos absolver, mas contina sendo legal. Oliver Stone escala mais uma vez Michael Doulgas como Gordon Gekko e também a bela Carey Mulligan, no outro lado do espectro, representando os bons valores.

Nota: 7,5

224 - Wall Street (1987)


O diretor Oliver Stone realiza seu conto de corrupção e ganância. Depois desse filme Michael Douglas passou a interpretar cada vez mais esses tipos inescrupulosos no cinema. O filme funciona muito bem com seu elenco, conseguimos acreditar num Charlie Sheen ainda com uma centelha de honestidade no corpo. Retrata os EUA numa época em que o individualismo e ganância financeira eram moda absoluta.

Nota: 8,5

223 - Uma Parisiense (Une Parisienne, 1957)


Uma maravilhosa comédia com BB. Aqui ela é a filha do presidente da França. Segue o estilo das boas comédias que Bardot estrelou nos anos 1950. Com o mesmo diretor de "Quer dançar comigo?", este é um bom exemplo de como Brigitte tinha boa desenvoltura para timing cômico e soava muito natural pois nunca parecia "querer atuar".

Nota: 8,5

222 - Longe Dela (Away from Her, 2006)


A talentosíssima Sarah Polley realiza seu primeiro longa e nos traz a história e um casal na terceira idade. A mulher, interpretada por Julie Christie, sofre de Alzheimer e é levada pelo marido a uma clínica. Logo, ela passa a não reconhecer o marido e desenvolve um afeto profundo por um companheiro de clínica. A partir daí a diretora lança seu olhar sobre culpa e o que significa a redenção no amor.

Nota: 8,0

221 - O Refúgio (Le Refuge, 2009)


François Ozon é um diretor bem sensível e sempre realiza essas pequenas peças delicadas como "O Refúgio". Filmes em que o aspecto humano é mostrado sem jugalmento algum. Leia também sobre o curioso "Ricky".

Nota: 9,0

220 - Trinta Anos Esta Noite (Le Feu Follet, 1963)


Um filme bem bonito do Louis Malle. Acompanhamos um dia na vida de Alain, que parece procurar nos amigos algum resquício do que significou sua vida. Ele encontra, no entanto, que seus amigos mudaram, agarrando-se a certezas ou conformismos.

Os momentos finais são o melhor do filme. Para destacar um defeito do filme, eu diria que há qualquer coisa de irreal no desespero do personagem, algo de superficial, que só acaba mesmo por funcionar quando posto junto da devastadora e maravilhosa trilha sonora.

Nota: 7,5

219 - Eu Sou o Amor (À coeur joie, 1967)


BB já na época que não curtia muito fazer filmes. Esse tenta explorar um pouco do tema "amor livre" e tem como cenário principal a Londer de 1967.

Acontece que a química absurdamente horrível do casal central (Brigitte Bardot e Laurent Terzieff) acaba por estragar um pouquinho o filme. Tudo aqui é regado a muita superficialidade.

Nota: 5,5

218 - O Pior Trabalho do Mundo (Get Him to the Greek, 2010)


Bom exemplo da nova comédia que se está fazendo. Jonah Hill tem crescido em suas aparições anteriores (Superbad, Funny People) e ganhou aqui o espaço de protagonista.

O filme tem ótimas piadas e potencial pra te fazer rir do começo ao fim. Destaque para Russel Brand interpretando um roqueiro inglês arrogante. Ele também atuou no filme "Forgetting Sarah Marshall", do mesmo diretor desse, o Nicholas Stoller.

Nota: 8,5

217 - Eu Matei Minha Mãe (J'ai Tué Ma Mère, 2009)


Filme escrito, dirigido e estrelado pelo jovem canadense Xavier Dolan, que foi consagrado no Festival de Cannes com três prêmios. A obra é muito boa e procura mostrar um tom bem realista de uma relação mãe/filho um tanto conturbada e muito mais comum do que se imagina.

Apesar de alguns momentos de monólogo do garoto, que a mim pareceram muito autoindulgentes de vez em quando, o filme cumpre lindamente o dever de tocar quem assiste.

Nota: 9,0

216 - A Lenda do Pianista do Mar (La Leggenda Del Pianista Sull'Oceano, 1998)


Tornatore nos traz uma fábula curiosa sobre um garoto abandonado num navio de cruzeiro, do qual nunca sai. Ele se torna pianista, um grande músico. A história é contada por um trompetista que o conheceu e o filme mantém um clima de mistério sempre renovado. Embora seja considerado um dos mais fracos do diretor, eu gostei bastante. Suas características mais condenáveis também estão lá, como o clima de novelão. Mas acho de verdade que na mão de Tornatore essas grandes fábulas acabam funcionando sem que fiquem exageradas demais.

Nota: 8,5

215 - Dolls (2002)


Filme do japonês Takeshi Kitano. Dividido em três partes, esta obra nos leva a fazer parte de uma atmosfera lenta e de partir o coração. Há uma beleza delineando tudo que acontece em "Dolls".

Impossível não se comover com a primeira história em que os personagens prendem-se a uma corda e vagam pelas ruas. O filme é entremeado por cenas do teatro de bonecos japoneses Bunraku.

Nota: 8,5

214 - Coincidências do Amor (The Switch, 2010)


Você passa o filme inteiro se perguntando: "Mas, cara, o que diabos aconteceu ao rosto da Jennifer Anniston?" Fiquei bem decepcionado. Confesso que esperava uma boa comédia, principamente por ter a participação do ator Jason Bateman. O destaque fica com o garotinho que é muito divertido com seu ar de enfado da vida.

Nota: 5,5

213 - Aquele Querido Mês de Agosto (2008)


Filme bem interessante em que atores amadores dramatizam suas próprias vidas. O diretor Miguel Gomes arranjou um jeito de realizar um documentário ficcional em que na maior parte do tempo não sabemos se atores estão atuando ou estão "fora do personagem", como é o caso da atriz principal. Num dado momento ela chora, e de alguma forma sentimos que ela chora porque foi mudada pela experiência de realizar o filme e não pelo que veio a acontecer à sua personagem.

Nota: 8,0

212 - Gente Grande (Grown Ups, 2010)


Comédia extremamente decepcionante de Adam Sandler, e olha que eu sempre dou um crédito a mais ao cara. Gosto de filmes como "Click" ou "50 First Dates". Mas aqui ele perdeu a mão de vez.

Com um elenco fantástico que já te faz querer rir só de ver o cartaz, esse filme não passa de uma imensa decepção com piadas fraquíssimas e que não consegue sequer fazer o que se propõe, que é passar uma mensagenzinha bonita e legal no final.

Nota: 5,0

211 - Onde Mora o Coração (Where the Heart Is, 2000)


Natalie Portman está fazendo um delicioso sotaque americano sulista nesse filme baseado no livro de Billie Letts, que foi best-seller. Filme bem bonitinho, trata das intermináveis reviravoltas da vida com bastante humor e delicadeza.

Nota: 8,0

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