Muito já se falou sobre esse filme. Quero apenas comentar que é possível assisti-lo de uma forma bem mais abrangente, para além do universo do ballet, das metáforas, do bem e do mal e, claro, do sexo lesbiano.
Para mim, o filme fala antes de tudo sobre a impossibilidade de sermos outra pessoa não obstante o quanto tentamos sê-lo. É de uma beleza fascinante o que acontece com Natalie Portman enquanto ela tenta transmutar-se em qualquer coisa que foge de tudo o que foi pensando para ela, por sua mãe, por seus códigos de conduta e etc.
Podemos afunilar essa ideia e tentar ver como ela se dá em nossas próprias vidas, provavelmente em proporções menores. Quão perto chegamos de esgotamento físico e emocional (ou até mesmo da loucura) quando simplesmente não podemos aceitar o que somos?
Nota: 10