domingo, 25 de julho de 2010

121 - Flickan (2009)


Sublime. O diretor sueco Fredrik Edfeldt filmou com maestria o roteiro da talentosa Karin Arrhenius.

Quando se encontra sozinha em casa, após terem seus pais viajado à Africa numa aparente cruzada contra a AIDS, e também depois de ter sua tia a deixado para tentar talvez sua última chance de ser feliz com aquele que diz amar, a garotinha do filme precisa aprender a se cuidar.

Uma trama mais simples seria impossível. A beleza está em cada cena que parece ter sido cuidadosamente fotografada para ser linda. Os imensos verdes da cidade de interior, o momento em que Blanca Engström (a principal, muito jovem e já talentosíssima atriz) se esconde por trás de alguma vegetação na praia a espreitar o garoto Ola, o momentos de solidão intensa em que se pinta de negra. Enfim, o trabalho de câmera, pode-se dizer, sendo bem clichê, é impecável.

É muito inspirador assitir a um filme sem exagero algum, que explora com aquele olhar escondido e insistente um tema tão universal quanto o amadurecimento e a constatação de que estamos mesmo sozinhos para cuidar de nós próprios. A cena final é de uma simplicidade poética esmagadora, dessas que, se você estiver entregue, pode romper em choro compulsivo.

Todo mundo se identifica com esse filme que não pode ser classificado como nada menos do que belíssimo.

Nota: 10

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