segunda-feira, 31 de maio de 2010

16 – Mary e Max (Mary and Max, 2009)



Com toda sinceridade, se você não adorar esse filme, há algo de essencialmente malígno a seu respeito. O primeiro longa de Adam Elliot se mostra bem redondinho, com um universo imagético fantástico, e por si só praticamente suficiente para segurar o filme até o fim.

Não fosse bastante, o tema abordado não é de fácil assimilação. Solidão, debilitação mental, rejeição, depressão colorem a trama com tons diferenciados de marrom e cinza, respectivamente Melbourne e Nova Iorque. Em momento nenhum cai no puro mórbido ou no puro humor negro. Pelo contrário, esta claymation se arrisca em campos temáticos pouco ou nada explorados por animações de longa duração e consegue manter um improvável tom caloroso.

Fique surpreso com o excelente trabalho de Phillip Seymour Hoffman fazendo a voz de Max, um sotaque judeu delicioso. Rejeite os rótulos de filme fofinho e, se puder, compre este belo trabalho do diretor australiano Elliot, que tem tudo para ainda trazer obras incríveis ao público.

Nota: 10

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