sexta-feira, 25 de junho de 2010

70 - E Deus Criou a Mulher (Et Dieu... créa la femme, 1956)


Engraçado pensar no escândalo que esse filme causou na sociedade debilóide dos EUA dos anos 50. Assistir hoje a "E Deus criou a mulher" é ver um filme até bastante comportado, na verdade, milimetricamente comportado.

A grande sacada do filme é apresentar Brigitte Bardot como uma mulher desejante. De tudo, de vida, diversão e paixões. Foi justamente aí que o bichou pegou anos atrás. Como pode uma mulher ser apresentada dessa forma no cinema. Ah, vão tomar banho! O que mais gostei desse filme é que todos os homens são uns patetas. A estória é tão boba, que você pode jogar a trama como sendo o papel dos homens no filme, fazendo negócios, pensando em negócios e em como ganhar a vida. Como já disse, uns patetas.

Bardot não é nenhuma atriz, mas tem mais do que o bastante para iluminar a tela com seu jeito delicado, debochado e caloroso. A questão legal do filme é: qual o papel da mulher num mundo de homens? Objeto de desejo como sempre é mostrada em noventa e cinco por cento dos filmes que são feitos, aqui também Bardot acaba mais como um prêmio de seu comportado e bem intecionado marido, que no final a leva de volta para casa. Mas é mais interessante pensar que ela continou infeliz e o deixou anos depois.

Nota: 8,5

Um comentário:

Renan disse...

E Deus criou Brigitte Bardot....

LinkWithin

Related Posts with Thumbnails