Sim, a fotografia do filme é bonita. Acho que a composição fica muito fácil com tanto amarelo de plantação de trigo, azul vibrante do céu, longos e longos trechos campestres. Mas acredito que o que poderia ser tomado em doses agradáveis cai no completo exagero. Mesmo que seja intencional, não consigo relacionar muito bem o conceito do filme com essa vastidão interminável de fotografias fixas ao som de uma bela música erudita.
Devo dizer nesse momento que não virei fã instantâneo do filme e, para falar a verdade, nem gostei dele tanto assim. Talvez eu não goste de filmes em que os personagens tem pouca densidade emocional. Aqui eles são confusos, desnorteados e tem até uma faísca de desejo de encontrar algo maior para subtrai-los de uma vida maçante, talvez no amor.
Achei "Euforia" um tanto cansativo e vazio. Tampouco sou atraído por uma história que procura focar a ação dos personagens em seus instintos e somente eles, essa visão naturalista que por vezes se joga em cima das pessoas que vivem afastadas dos grandes centros urbanos, ou, vivem no meio do nada. O tema musical é muito bonito mesmo.
Nota: 6,0
Um comentário:
Muito bem colocado, o filme se perde ao insistir tanto na exploração da paisagem do local, os diálogos são vazios, perdidos, parece que não há nada de mais acontecendo entre os protagonistas, um acidente, uma filha deixada para trás, uma traição, tudo é tratado com uma simplicidade bestial. Não há 1% de intensidade nesse filme. Daria nota 5 pela fotografia, insistantemente empurrada goela abaixo.
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